quinta-feira, 15 de maio de 2008

Cópia do texto: "Os presentes"

Os presentes

"No aniversário da Constança cantaram os parabéns e ofereceram-lhe muitos presentes.

O Constantino ofereceu-lhe um monstro com olhos que davam luz.

A Rita deu-lhe um estojo de batons de brincar.

Por último, a Ana presenteou-a com um par de patins.


Mal a festa acabou, a Constança pegou nos seus patins e disse:

-Tenho uns patins tão lindos, vou já dar uma voltinha. "

Sara

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Os diferentes espaços da casa


Como estivemos a trabalhar, a Estudo do Meio, a casa e os seus diferentes espaços, aproveitámos um dos trabalhos realizados pelos nossos colegas da turma do 4ºA, para nos ajudar a falar sobre as diferentes funções dos espaços de uma casa.



Esta é a sala. Este é um espaço onde podemos descansar, brincar, ver televisão. Mas também é um espaço que é utilizado para fazer as refeições.



Aqui fica a casa de banho, onde pudemos tomar banho, lavar a cara, os dentes...

Este é o quarto. Aqui dormimos, brincamos e por vezes estudamos...

quarta-feira, 7 de maio de 2008

O Tesouro (Parte 11)


"Tudo isto aconteceu há muito tempo (ainda tu não tinhas nascido), num país muito distante.

Esse país agora já não se chama País das Pessoas Tristes, chama-se Portugal e é o teu país. E o tesouro pertence-te a ti, és tu que agora tens que cuidar dele, guardando-o muito bem no fundo do teu coração para que ninguém to roube outra vez.

Porque esta história não é uma história inventada. É uma história verdadeira, aconteceu mesmo. Pergunta aos teus pais ou aos teus professores e eles contar-te-ão mais coisas sobre o País das Pessoas Tristes e sobre o Dia da Liberdade."

O Tesouro (Parte 10)


"Os corações exultaram de alegria e as janelas encheram-se de bandeiras e de cravos vermelhos: os soldados puseram cravos vermelhos nas espingardas e as mulheres esqueceram-se do jantar e das limpezas da casa e correram para a rua com os filhos ao colo e os cravos vermelhos ao peito, chorando e rindo, comovidas e confusas; as pessoas que tinham sido expulsas e obrigadas a refugiar-se longe regressaram; as portas das cadeias abriram-se e os presos voltaram a casa; os jovens vieram da guerra, felizes por estar de novo rodeados dos amigos e abraçar os pais e os irmãos; e os meninos e as meninas puderam pela primeira vez dar as mãos e falar e olhar-se, caminhando lado a lado sem medo de acusações nem de castigos. Todo o país se transformou numa grande festa, ruidosa e transbordante, e as pessoas deixaram sair livremente do coração todas as palavras e todos os sentimentos longamente acumulados durante os anos de infelicidade. Era o 25 de Abril e, porque foi nesse dia que aquele povo recuperou o tesouro da liberdade, esse dia passou para sempre a chamar-se o Dia da Liberdade."

O Tesouro (Parte 9)


"... de regresso ao seu país, compreendia então como a sua liberdade era afinal um tesouro muito valioso e, a partir daí, passava a velar por ele como por um bem raro de que a felicidade e a sua própria vida dependiam, lembrando-se muitas vezes dos amigos que tinham deixado, sós e infelizes, no País das Pessoas Tristes.

Até que um dia chegou em que, no País das Pessoas Tristes, as pessoas decidiram reconquistar o seu tesouro. Os soldados reuniram-se nos quartéis e pegaram nas suas armas para arrancar finalmente o tesouro das mãos dos ladrões. E toda a gente saiu alvoroçadamente para a rua e acompanhou os soldados, cantando e gritando: «Viva a liberdade!, Viva a liberdade!»."

terça-feira, 6 de maio de 2008

O Tesouro (Parte 8)


"- Mas porque é que vocês não votam em governantes que acabam com todas essas coisas más e que vos restituam a vossa liberdade, o vosso tesouro?, estranhavam os visitantes.

- Porque nós também não podemos votar!

Era espantoso:

- Não podem votar? Então como escolhem os vossos governantes?

-Mas nós não escolhemos os nossos governantes…

-Então quem os escolhe?

- Ninguém sabe…

Quem ouvia estas coisas ficava muito inquieto e, subitamente, o seu coração enchia-se também de tristeza e de amargura. O Sol já não lhe parecia tão quente, nem o céu tão transparente e tão azul e, quando voltava à rua, olhava também em volta amedrontado, passando que podia estar a ser vigiado e seguido e temendo até que alguém pudesse ler os seus pensamentos e sair da sombra para o castigar por causa deles."

O Tesouro (Parte 7)


"As raparigas e os rapazes não podiam conversar nem conviver uns com os outros e tinham que andar em escolas separadas e brincar em recreios separados por muros e por grades. As raparigas não podiam vestir calças nem andar sem meias, era também proibido; e os rapazes, quando cresciam, eram mandados para horríveis guerras em países longínquos e obrigados a matar gente que não conheciam e que nunca lhes tinha feito mal nenhum, e muitos deles morriam lá ou regressavam loucos ou estropiados."

O Tesouro (Parte 6)



"Os meninos do País das Pessoas Tristes não podiam ouvir as músicas, nem ver os filmes, nem ler os livros e as revistas de que gostavam, mas só as músicas, os filmes e os livros que não eram proibidos. Nem sequer podiam beber Coca Cola, porque a Coca Cola também era (ninguém sabia porquê) proibida!"

O Tesouro (Parte 5)


"E os seus amigos, depois de irem espreitar de novo à porta para ver se alguém, lá fora, os espiava, contavam-lhes como era a vida de todos os dias no País da Pessoas Tristes. Havia polícias por toda a parte, não os polícias bons, que orientam o trânsito e prendem os ladrões, mas polícias para vigiar as pessoas e impedir que elas falassem entre si; polícias nas fronteiras para não as deixar sair; até polícias que abriam as suas cartas e ouviam as suas conversas para descobrir o que diziam e o que pensavam, e que as perseguiam e lhes batiam se elas não dissessem e que pensassem."

O Tesouro (Parte 4)


"Então explicavam-lhes: naquele país as pessoas não podiam fazer o que queriam, nem podiam dizer o que pensavam ou o que sentiam nem, como eles, partir e visitar outros países e conhecer outros povos, viviam fechadas no seu país como se ele fosse uma prisão. Nem sequer podiam contar esse segredo a ninguém, porque seriam presas, ou até mortas.

- Mas isso deve ser uma grande infelicidade!, diziam os visitantes. – Não admira que vocês estejam sempre tão tristes!"

Dia da Mãe



Este é o nosso trabalhinho do Dia da Mãe... Esperamos que as "mamãs" gostem!!

segunda-feira, 5 de maio de 2008

O Tesouro (Parte 3)


"Contavam-lhes que o povo daquele país tivera um dia um imenso e belo tesouro e que alguém lho roubara. E que era um tesouro tão grande e tão valioso que, sem ele, não podiam ser felizes.

- Um tesouro?, perguntavam os visitantes muito surpreendidos.

- Sim, um tesouro… A liberdade.

- A liberdade? Um tesouro?

Os visitantes não queriam acreditar porque, nas suas terras, a liberdade era uma coisa comum, quase sem importância. Toda a gente era livre de fazer o que quisesse desde que não fizesse mal a ninguém, e isso era tão normal que as pessoas nem davam pela liberdade. Eram livres do mesmo modo que respiravam e ninguém dá conta de que respira, respira e pronto.

- Sim, a liberdade é como o ar que respiramos, diziam-lhes os seus novos amigos tristemente. Só quando nos falta, e sufocamos cheios de aflição, é que descobrimos que, sem ele, não podemos viver…

- E como pode alguém viver sem liberdade? Como é possível?"

O Tesouro (Parte 2)



"Quem, vindo de outras terras, chegava ao País das Pessoas Tristes, não compreendia. As pessoas eram boas e afectuosas, e aparentemente só tinham motivos para serem felizes. Mas quando lhes faziam perguntas, as pessoas afastavam-se e não respondiam, ou mudavam delicadamente de assunto pedindo desculpa.

Às vezes, porém, os visitantes demoravam-se mais tempo, e depressa faziam amigos, porque era muito fácil fazer amigos naquele país. E esses amigos levavam-nos então a suas casa e, depois de terem trancado bem as portas e fechado todas as janelas, revelavam-lhes o segredo da sua tristeza."

domingo, 4 de maio de 2008

O Tesouro (Parte 1)



"Há muitos anos, no tempo em que o teu pai andava na escola, num país muito distante vivia um povo infeliz e solitário, vergado sob o peso de uma misteriosa tristeza. O céu era alto e azul, os campos férteis, o mar e os rios cheios de peixes e de vida, as cidades quentes e luminosas, mas as pessoas que passavam entreolhavam-se com olhos tristes, caminhando apressadamente e sumindo-se dentro das casas; e quando se encontravam umas com as outras, nos cafés, nos empregos, na rua, falavam baixo, como, se alguma coisa, um segredo terrível, as amedrontasse."

sexta-feira, 2 de maio de 2008

25 de Abril

Olá! Aqui está mais um trabalho da turma! Este é sobre o 25 de Abril...
Aos poucos fomos lendo o livro "O Tesouro" de Manuel António Pina. Depois, cada um de nós ilustrou o seu "livrinho", para levar para casa e juntamente com os pais, o voltar a ler.